terça-feira, 7 de abril de 2015

Todo dia!

Tô cansado de todos os dias, todas as horas, todas as semanas, minuto a minuto, segundo a segundo! Eu!! sou obrigado! a receber os escarro da televisão, me fazendo sentir medo, "desinformando" a mim, você e a todos! Vai lá, liga a TV, noticiários, diariamente eu tenho minha vista agulhada, minha alma suja, vergonha alheia... é isso o que sinto, você vê o que eu vejo, todos vêem, cuspindo-lhe a cara, noticias frescas, de sangue, de gente... nova, velha, mocinho, bandido, mocinho que na verdade é bandido! e não podia faltar nossos bandidos mocinhos...
Inaceitável, disputas diárias pela morte da cultura ou seria cultura de morte? viva o saber enlatado, inconscientemente todos gritam viva, ali na padaria onde você assiste aquele noticiário sensacionalista, o dia todo eles gastam minha energia, minha aguá para ensanguentar a sua consciência.


Imagem de: willartes.blogspot.com.br/

Desassossego

De pensar que isso já tenha se passado... No entanto com um certo diferencial conflitante.
Não é indecisão ou falta de vontade, talvez uma incompreensão a cerca de se é de fato possível sentir dobrado, não metade e sim o dobro, não par igual e sim singulares, cada um destinado a um conjunto de partículas distintas de ações e formas atraentes…

Havia tempo que não sentia algo assim… diferente, todavia, não quero ofender ou pregar os maus costumes… apenas sei que sinto de maneira a pensar se é certo racionar… racionar sem se culpar por sentir? sera que é possível? ou se culpar por racionar o que eu sinto?

Ultimamente estive guardado escondido, tantos outonos se foram aqui, em mim, que nem consigo ficar muito tempo fora… o tempo passou um pouco, senti coisas que ainda não havia testado e percebi coisas que não sabia, hoje mesmo, com o passar do tempo e o conhecer das coisas gerais, ainda não entendo o que neste momento se passa em mim, nem sei se deveria saber, queria saber só se estou errado(estou?), sinto que é bom, só não quero ser rude, nem parecer esperto de mais…

Meu desassossego é forte, quase animal, me põe a não querer ser eu, o desassossego que não me satisfaz?
Estava lendo Desassossego de Fernando Pessoa e fiquei pensando no título… que diz muito sobre o livro.
Que inquietante! parece de dentro pra fora, como espasmos internos mas sem efeitos físicos, apenas socos psicológicos no seu estado sentimental tentando te trazer para fora. Por algum motivo... Eu só contenho.

Assim como? sem reação e não detentor até o momento de uma clareza mental que me faça desistir ou continuar com um tipo de senssação ainda não habitado em mim, me preocupa talvez ficar maluco por sentir assim… se trata de um inevitavel, que pode sim ser abafado, no momento, abafado.
Acabo que indo nesta direção, determino umas coisas, porém faço o contrário e isso teve significado.
Li com toda atenção o que te completa em palavras... ao fim estava eu completo, somado a mim mesmo, já te olhava de maneira diferente, com todo respeito… Não há controle sob estas coisas.

Aquela sim, foi uma fatídica noite, o mundo vibrou de uma maneira inexplicável... só sei que senti, senti mais, não deixei de sentir... apenas senti mais.

Imagem retirada do blog do Artista Will Arts:
http://willartes.blogspot.com.br/2009/07/blog-post.html

domingo, 29 de março de 2015

A existência é bem mais complexa que briga de crenças superficiais

Ao meu ver, compreender o ser não depende especificamente de crer ou não em "Deus", entendo sim que há pessoas com pensamentos e crenças infundadas, porém basear-se em um nome ou especificamente no cristianismo não pode levar as pessoas a uma evolução considerável, visto que aqui mesmo no Brasil o Ateísmo nem é tão difundido assim, e sabe-se que há uma serie de milhares de cristãos no Brasil em variadas intituições religiosas, fora as outras crenças que também são hostilizadas pelo cristianismo, é apenas uma disputa de egos, que causa divisão, quanto mais divisão mais guerra.


Parte que pensa ser ateísta na verdade vem de um problema em não aceitar a impotência de um tal "Deus", o levando ao lado oposto do sentimento, ainda crendo em "Deus" porém com raiva pois o vê como impotente, sendo que na verdade a impotência é interna e gerada pela dependência de sentimentos instáveis, os ateístas não podem odiar "Deus", ele não existe.


Creio que à Bíblia seja feita para se compreender e não exatamente para se seguir, há um simbolismo e isso tem uma ligação no ser do homem, porém a historia é bem mais longa e nossa existência depende de autoconhecimento e menos divisão.
O ateísmo é um grupo extremista com seus próprios fundamentos, porém em todas as crenças haverão pessoas infundas que preferem aceitar as informações dadas, é aceitável, porém temos que nos aprofundar. Não Creio no Ateísmo e nem no Cristianismo, e de fato há inconsistências cientificas nos ditos de Darwin (se ele vivesse hoje ele pensaria diferente), S. Hawkings, completa a teoria da relatividade de Einstein, onde na teoria afirma que tudo tem um principio...


estou refletindo sobre todas essas coisas na verdade.



A existência é bem mais complexa que briga de crenças superficiais.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Não ser! ou não, ser!

Para a maioria não é nada, é quase como a física quântica, o macro não explica o micro e vice-versa, porém eles se completam e formam o todo.

Vivemos numa sociedade que enxerga só o que se pode palpar, isso está nos limitando a pensar pouco e superficialmente, porque da desilusão social com a existência que nos foi imposta, no fundo sabemos que não precisamos de nada disso, mas não sabemos do que precisamos de fato.
Complicado, todos tentam seu lugar no mundo, mas a falta de equilíbrio nos deixou sem noção.


"Acho necessário nos informarmos a respeito. Creio que esse fenômeno é semelhante, em alguma medida, ao que vivemos como nação nos últimos 500 anos. Ainda buscamos ser algo que não somos, negando nossas origens sem sequer compreendê-las. Essa crise de identidade, a meu ver, nos faz mais violentos.
(...)
Traçando um paralelo, me parece algo como a crise de identidade nas periferias de São Paulo nos anos 1970 e 1980, quando as novas gerações urbanas negaram e ridicularizaram a cultura rural dos antepassados nordestinos e migrantes."

Matéria na integra, segue link:

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Totalitarismo do estado através da PM, sob o argumento de ter poder para tal ação, só que não!




Quanto mais atitudes descabidas acontecerem pior será, o governo ta colocando os policiais na saia justa. O governo está sendo o maior culpado por isso, a policia não sabe trabalhar com civis e estamos a merce deste tipo de atitude ditatorial. Não creio que vivamos em uma sociedade que possa não ter policia, mas este tipo de policia não faz bem nenhum a sociedade.
percebi-se que a maioria deles pensam estarem certos mesmo e não tem nenhum conhecimento jurídico, como disse alguém aqui: "vivemos num estado de direito ou de exceção?", pois são treinados para não saber destas coisas, para PM não tem lei, só a Lei da PM.
Reportagem na integra. Carta Capital

domingo, 17 de novembro de 2013

Poema em Linha Reta de Fernando Pessoa

Pessoas que acreditam no convencionalismo e desprezam aquilo que as vezes lhe sai fora do padrão proposto pela grande maioria... pobres daqueles que na prisão da mente permanecem a guardar suas vontades, brigam para estar aparentemente certos diante de uma realidade controversa. 





Texto na integra:

Poema em linha reta

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)



Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, 

Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. 

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... 

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? 
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo? 

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? 

Poderão as mulheres não os terem amado, 
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.




Versos escritos com o heterônimo de Álvaro de Campos, do livro "Fernando Pessoa - Obra Poética", Cia. José Aguilar Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 418.


Mais informações sobre o autor: Releituras