terça-feira, 7 de abril de 2015

Desassossego

De pensar que isso já tenha se passado... No entanto com um certo diferencial conflitante.
Não é indecisão ou falta de vontade, talvez uma incompreensão a cerca de se é de fato possível sentir dobrado, não metade e sim o dobro, não par igual e sim singulares, cada um destinado a um conjunto de partículas distintas de ações e formas atraentes…

Havia tempo que não sentia algo assim… diferente, todavia, não quero ofender ou pregar os maus costumes… apenas sei que sinto de maneira a pensar se é certo racionar… racionar sem se culpar por sentir? sera que é possível? ou se culpar por racionar o que eu sinto?

Ultimamente estive guardado escondido, tantos outonos se foram aqui, em mim, que nem consigo ficar muito tempo fora… o tempo passou um pouco, senti coisas que ainda não havia testado e percebi coisas que não sabia, hoje mesmo, com o passar do tempo e o conhecer das coisas gerais, ainda não entendo o que neste momento se passa em mim, nem sei se deveria saber, queria saber só se estou errado(estou?), sinto que é bom, só não quero ser rude, nem parecer esperto de mais…

Meu desassossego é forte, quase animal, me põe a não querer ser eu, o desassossego que não me satisfaz?
Estava lendo Desassossego de Fernando Pessoa e fiquei pensando no título… que diz muito sobre o livro.
Que inquietante! parece de dentro pra fora, como espasmos internos mas sem efeitos físicos, apenas socos psicológicos no seu estado sentimental tentando te trazer para fora. Por algum motivo... Eu só contenho.

Assim como? sem reação e não detentor até o momento de uma clareza mental que me faça desistir ou continuar com um tipo de senssação ainda não habitado em mim, me preocupa talvez ficar maluco por sentir assim… se trata de um inevitavel, que pode sim ser abafado, no momento, abafado.
Acabo que indo nesta direção, determino umas coisas, porém faço o contrário e isso teve significado.
Li com toda atenção o que te completa em palavras... ao fim estava eu completo, somado a mim mesmo, já te olhava de maneira diferente, com todo respeito… Não há controle sob estas coisas.

Aquela sim, foi uma fatídica noite, o mundo vibrou de uma maneira inexplicável... só sei que senti, senti mais, não deixei de sentir... apenas senti mais.

Imagem retirada do blog do Artista Will Arts:
http://willartes.blogspot.com.br/2009/07/blog-post.html

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